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Tuesday, June 05, 2007

Portela mais um, provavelmente mais dois e só então um novo aeroporto internacional

No seguimento do meu anterior post gostava de esclarecer a minha opinião sobre qual será a estratégia mais racional para a questão aeroportuária na região metropolitana de Lisboa.

Em primeiro lugar queria dizer que não sou contra um novo aeroporto mas sim contra um aeroporto que não acrescente significativamente algo à economia regional e nacional.

Em segundo lugar considero que a Portela terá de ser eventualmente substituída por um aeroporto moderno e com capacidade de expansão futura. Não acho no entanto que a OTA sirva esse propósito por diversas razões. Considero que todos os estudos conhecidos apontam a OTA como um aeroporto com vários limites de capacidade, devido às condicionantes da sua própria construção e outras como as de segurança.

Em terceiro lugar é inevitável a utilização de pistas que estanquem o crescimento das low costs na Portela. Isto era uma solução barata que permitia não limitar o turismo na área metropolitana e ser competitivo em relação aos aeroportos Espanhóis. Provavelmente um novo aeroporto no Montijo não seria suficiente e teria de se manter a expansão da Portela e equacionar a utilização de um novo aeroporto para low costs. Novamente o critério da competitividade implicaria escolher pistas que possuíssem acessos a redes ferroviárias e se possível que aproveitassem o futuro traçado da alta velocidade.

Em quarto lugar julgo que o modelo de desenvolvimento na área de transportes da região de Barcelona é um exemplo a seguir. Barcelona possui um aeroporto internacional que serve directamente a cidade e possui dois aeroportos para companhias low cost. Girona virada para o turismo urbano e Tarragona virado para o turismo não urbano. Barcelona também possui um plano para expansão ou construção de um novo aeroporto internacional mas teve a preocupação de, primeiro, criar o mercado antes de investir com base em suposições megalómanas.

Em quinto lugar queria referir que acho a ideia de uma cidade aeroportuária na OTA uma verdadeira megalomania da engenharia social e urbana. Em primeiro lugar não existe nenhuma razão para crer que existem suficientes economias de escala privadas na região norte de Lisboa capazes de alavancar e rentabilizar um investimento de tal forma monstruoso. Além disso as condicionantes de engenharia, geográficas e de transportes são muito superiores na zona norte de Lisboa em relação à margem sul. Estas condicionantes traduzem-se em custos acrescidos na construção da OTA, construção de acessos e limites de expansão e capacidade já referidos. Aliás todos os estudos preliminares concluíram que a OTA e os seus acessos estariam saturados na data de inauguração. Isto levou a repensar o que vou chamar de OTA 2 que se encontra em discussão neste momento.

Para terminar quero expressar as minhas dúvidas em relação à privatização da ANA e à concessão de um monopólio privado de gestão aeroportuária a nível nacional. Quero também lembrar que esta concessão implicará o desmantelamento do único aeroporto rentável da ANA, a Portela. Se o novo aeroporto tiver problemas de rentabilidade quais serão os custos para a gestão estratégica da rede aeroportuária Portuguesa? Que tipo de contrato será assinado com o concessionário e que implicações poderão existir para os outros aeroportos do país, especialmente aqueles que serão sempre deficitários como os dos Açores?

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