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Wednesday, September 26, 2007

Educação e Capital Humano na OCDE

Continuamos a digressão por vários relatórios que permitem aferir das expectativas futuras relativamente ao desempenho da economia portuguesa no longo prazo. Começámos por apresentar o relatório da coesão 1999-2004 e resumir alguns indicadores importantes em dois posts e continuamos agora com a apresentação do relatório sobre capital humano da OCDE: Education at a Glance 2007.

Ficam aqui algumas fontes com resumos breves das principais conclusões deste documento:

-Complete Executive Summary (OCDE)

-Sumário executivo em Português (OCDE)

-Portugal é um dos países onde tirar um curso mais compensa (Jornal de Negócios)

-Portugueses figuram entre os que mais cedo saem da escola (Jornal de Notícias)

Tuesday, September 25, 2007

Risco Moral Vs Risco Sistémico Financeiro

Nos últimos dias a discussão em torno da política monetária europeia e norte-americana tem-se centrado no debate acerca do curto prazo em detrimento do que é habitual, que são as perspectivas de inflação no médio prazo. Esta mudança provisória nos objectivos dos bancos centrais deve-se sobretudo às elevadas perspectivas de uma possível crise sistémica, que afecte gravemente o sistema financeiro e afecte seriamente o sistema de pagamentos da economia real. Esta situação colocou os bancos centrais num tipo de jogo em que as possíveis escolhas representam sempre um resultado negativo.

A resposta a esta crise no curto prazo tem procurado minimizar os riscos financeiros imediatos de forma a conter qualquer problema que possa provocar efeitos sistémicos. Até agora já observámos no limite a três tipos de resposta. O BCE mais ortodoxo que se limitou a garantir empréstimos às sociedades financeiras com necessidade de liquidez, o FED que começou por ser ortodoxo, mas no limite decidiu baixar a sua taxa de juro de referência. E, por último, o Banco de Inglaterra que começou por ser completamente ortodoxo e no limite se embrulhou na situação do banco Northern Rock e necessitou da ajuda do ministério das Finanças para garantir o fim do pânico dos depositantes. Se a situação financeira não se deteriorar, os Bancos Centrais cumpriram uma parte da sua missão e mantiveram a estabilidade nos mercados financeiros. No entanto, perante o cenário actual esta opção expôs a politica monetária a riscos acrescidos no médio prazo, num contexto de maior incerteza. Muitas das criticas a esta politica referem-se ao aumentos dos incentivos ao risco moral que em parte foram responsáveis pela criação desta crise. Sempre que uma autoridade monetária beneficia os mais irresponsáveis para estabilizar os mercados financeiros, o custo é mais irresponsabilidade no futuro. Por outro lado estes críticos não consideram correctamente os riscos de uma crise sistémica. Durante cerca de um século a economia teórica apenas produziu duas teorias para lidar com esta situação e apenas um economista tentou avançar uma explicação para o fenómeno subjacente. Uma dessas políticas serve apenas como antídoto para os problemas iniciais, refere-se ao aumento de liquidez e é essencialmente da responsabilidade das autoridades monetárias. A outra política refere-se à compreensão das consequências do fenómeno e a forma de restabelecer o crescimento. A ideia básica é aquela proposta de Keynes, que considera que o resultado dos colapsos sistémicos financeiros cria uma sucessão de choques na oferta e procura que deprimem a economia para uma situação sub-óptima de emprego e produção. A solução será provocar um estímulo do lado da procura através de politicas fiscais e monetárias expansionistas. Estaremos preparados para enfrentar esta situação quando a primeira opção envolve uma menor perda de bem estar? Com uma quase unanimidade entre economistas e políticos sobre uma politica fiscal ortodoxa, e no limite Ricardiana, na Europa e EUA, colocar esta questão não seria apenas absurdo como também representaria um falhanço da politica monetária actual e o início de uma discussão teórica que nos levaria muito provavelmente a uma situação económica sub-óptima não desejável.

É o risco moral dos agentes do sistema financeiro importante e determinante para o futuro? Os problemas de incentivos que determinaram esta crise continuam presentes e é discutível que tenham sido aumentados. Pelo menos em Inglaterra as autoridades sinalizaram dois maus incentivos e uma péssima gestão das expectativas, pois promoveram não só a irresponsabilidade das sociedades financeiras como também o laxismo dos depositantes. No seu todo a situação só pode ser respondida através da regulação dos mercados de uma forma que limite o risco moral dos agentes. Muita desta parafernália regulatória, que é novamente discutida, foi no passado vitima da ideologia do excesso de regulação. Como sempre nas últimas décadas estes fenómenos políticos acabam em excesso de desregulação, sobre o pretexto que será essencial para o crescimento económico. Inevitavelmente, estes episódios de desregulação, acabam, como geralmente também é previsto à partida, por ser determinantes nas crises capitalistas de stop and go. Se analisarmos o caso mais grave de liquidez, nesta crise, com uma instituição financeira, todas estas discussões do passado voltam a ser a base para mais um movimento de aumento da regulação das instituições financeiras. O Northern Rock é um banco comercial que usa, como todos os outros, o mercado de crédito monetário e as poupanças dos seus clientes para financiar investimentos rentáveis. Por outro lado os investimentos efectuados não se limitavam às operações usuais dos bancos comerciais mas implicavam uma estranha semelhança com a actividade dos bancos de investimento (para uma explicação breve do fenómeno, The Economist - The Great Northern Run). Esta mistura de banco de investimento com banco comercial tem sido um dos problemas apontados para o excesso de risco assumido e existência de risco moral nas decisões de investimento, desde a crise dos savings and loans em meados da década de 80 nos EUA, até à mais recente crise financeira que culminou com o colapso da Enron, entre outras corporações. Os problemas são os óbvios conflitos de interesses em relação aos interesses dos depositantes e exposição exagerada ao risco. Basicamente, o risco inerente em emprestar muito dinheiro a famílias com recursos limitados e a comprar esses contratos titularizados encontra-se no desempenho da economia e na política monetária, como tal existe sempre uma incerteza muito grande em relação à rentabilidade destes contratos. Tal como um jogador a perder, no limite arrisca-se sempre mais com a esperança de que a situação acabe por melhorar para o nosso lado. Neste ponto a actividade financeira deixa de ter qualquer relação com a teoria económica e torna-se um jogo de casino em que as probabilidades são sempre desfavoráveis. Tal como na crise dos saving and loans americanos, o Northern Rock obrigou o governo a jogar a chamada carta do contribuinte. Sem regulação no futuro este é um incentivo aos ingleses para não se preocuparem com a instituição onde colocam as suas poupanças. Curiosamente todo este cenário de ausência de regulação e descoordenação política aconteceu no Reino Unido, onde o poder de regulação das instituições financeiras não pertence à autoridade monetária, ao contrário do que se passa na área Euro e nos EUA. Este é um claro sinal que uma autoridade financeira completamente independente da autoridade monetária não revela capacidade de resposta num cenário de crise, nem capacidade de efectuar uma regulação eficaz das instituições financeiras. Neste caso especifico assemelha-se a um regulador capturado pela indústria.

Que riscos para as políticas de estabilidade de preços? À medida que a bolha imobiliária desinflaciona e que as principais instituições financeiras começam a reconhecer as suas perdas financeiras, os Bancos Centrais voltam a focar-se no compromisso de médio prazo em relação à inflação. Na área Euro, o BCE tem tido uma ajuda preciosa durante esta crise devido à forte valorização do Euro em relação ao Dólar e à Libra. Este cenário reflecte a manutenção dos juros e a deterioração dos indicadores macroeconómicos nos EUA, em conjunto com a descida do preço do dinheiro pelo FED. Se esta situação persistir a politica monetária poderá mesmo ter de se inverter em relação às expectativas geradas. Um euro muito valorizado prejudica a competitividade da economia europeia e produz um risco acrescido de deterioração da balança de transacções correntes, através do duplo movimento das exportações versus importações, com os respectivos riscos monetários e económicos envolvidos. Os EUA e o Reino Unido enfrentam riscos diferentes que podem exigir mudanças de política económica mais drásticas. O Reino Unido não enfrenta um risco cambial eminente mas possui um problema de divida imobiliária maior que o dos EUA (The Economist - Housing Burdens). Os EUA enfrentam um risco de inflação a médio prazo devido à queda do dólar e ausência de compromisso no médio prazo mas tem as suas opções limitadas devido a uma política fiscal irresponsável. Provavelmente a eminente recessão que os EUA iram enfrentar servirá para aliviar a pressão sobre os preços (Bernanke terá de esperar por um impacto limitado do preço do petróleo para não ter de lidar com um cenário de estagflação. Mensie Chin comenta este cenário em What would be the implications of stagflation for the dollar?). Outros riscos estarão ligados ao excesso de liquidez mas, como James Hamilton defende, o FED fez um bom trabalho ao limitar o aumento de dinheiro em circulação através de várias operações (Money Creation and the Federal Reserve). As implicações destas opções são eminentemente monetaristas, como James Hamilton assume, e num contexto de compromissos de médio prazo e expectativas racionais, o seu efeito pode ser limitado para controlar a inflação. Um reflexo desta opção é a alcunha de Ben "helicóptero" Bernanke que o Governador do FED obteve, como analogia a um Governador que envia dinheiro do ar para a economia.

No longo prazo todos estes problemas terão de ser resolvidos através da regulação das instituições financeiras e da limitação dos conflitos de interesses que existem entre a actividade da banca comercial e da banca de investimento. Existem também assimetrias de informação em relação às posições assumidas pelas sociedades financeiras que terão ser resolvidas, de forma a garantir uma maior transparência futura nos mercados financeiros. Eventualmente, depois desta ronda de regulação, as mesmas vozes que clamaram contra o excesso de regulação no passado vão reaparecer e garantir que a desregulamentação beneficiará o crescimento. A questão não é quais as medidas a adoptar, pois na maior parte dos casos basta retomar alguns princípios entretanto abandonados, mas qual a estabilidade que este processo terá no longo prazo. Ou muito me engano, mas a memória curta e ambição económica dos políticos aliado à ganância de alguns capitalistas financeiros irá reproduzir esta situação mais algumas vezes durante as próximas décadas.

Monday, September 24, 2007

Pandora's Box - Ep 3 - The League of Gentleman

Terceiro episódio da série de documentários, Pandora's Box, por parte do realizador inglês Adam Curtis. O terceiro episódio, The League of Gentleman, fala do declínio britânico entre a década de 60 até meados da década de 80, abordando as políticas económicas vigentes, o fine tunning Keynesiano Vs Monetarismo, e como estas teorias falharam não só no controlo da inflação como também na promoção do crescimento económico.



Thursday, September 20, 2007

Revista de alguns indicadores do relatório de coesão 1999-2004

Depois de ter divulgado o relatório de coesão da UE25 para os anos 1999-2004 ficam aqui alguns quadros e mapas interessantes que demonstram a total ausência de estratégia de crescimento económico nos últimos 10 anos em Portugal.

1- 10 anos sem convergir...















2- PIB per capita: Os mais pobres a 15...

























3- 10 anos de crescimento de produtividade medíocres...

















4- Com o respectivo desempenho medíocre do desemprego...
















5- E como um dos países com maior risco de pobreza da UE25...
















6- Muito pouco investimento directo estrangeiro...

























7- Cenário muito pobre para os indicadores de Lisboa, especialmente na região norte...
























8-No entanto lideramos na formação bruta de capital fixo público de 1993 a 2005...
















9- A diminuição da despesa financeira com a entrada no sistema monetário europeu tem servido para alimentar o crescimento da despesa pública corrente...
























10- A investimento público tem sido suportado pelos contribuintes europeus...

Tuesday, September 18, 2007

Greespan- Finalmente Directo...

Alan Greenspan decidiu ser formalmente directo no seu livro, The Age of Turbulence: Adventures in a New World, acerca de assuntos de politica económica e não só, ao contrário do que nos tinha habituado durante anos como Presidente da Reserva Federal Americana.

Liberto do peso que as suas declarações poderiam ter nas expectativas dos mercados, Alan Greenspan já não precisa de assumir o dialecto que em tempos lhe atribuiram, que lhe permitia dizer muita coisa sem adiantar nada, e decidiu atacar fortemente a liderança Republicana dos EUA em várias questões. Greenspan assume a existência de uma bolha imobiliária mas acusa a Administração e Congresso Republicanos de terem activamente seguido uma politica de não cooperação fiscal com a autoridade monetária, sendo por isso os principais responsáveis pela difícil situação nos mercados financeiros e imobiliários.

Entre outros assuntos Greenspan disserta sobre o seu desencanto com a guerra do Iraque e actuais visões politicas nos EUA. Além dessas afirmações polémicas, para um conhecido Republicano convicto, encontra-se a sua determinação em relação a uma inevitável desvalorização do mercado imobiliário norte-americano, visão que este se recusava a aceitar até há alguns meses atrás.

Para um review mais completo das afirmações de Alan Greenspan no seu livro ficam aqui alguns link dedicados ao tema do Wall Street Journal e Financial Times:

Excerpts From Greenspan's Book

Greenspan's Dismay Extends Both Ways

Checking Greenspan Book Against Historical Record

Autobiography's real hero is capitalism

Monday, September 17, 2007

Cénario cinzento para o crescimento e produtividade portuguesas

A União Europeia publicou recentemente o último relatório de coesão respeitante ao período de 1999-2004. O cenário, as estatísticas e as inevitáveis comparações de convergência em relação aos restantes países, especialmente os mais recentes membros do leste europeu e os restantes países da coesão, são o principal objecto deste extenso relatório, que traça um cenário ainda mais cinzento para Portugal do que seria de esperar.

Para uma breve síntese de alguns temas abordados no relatório deixo aqui uma noticia do Jornal de Noticias:

O Norte e o Centro são os menos produtivos da União a Quinze

Relatório completo disponível no site da Comissão Europeia em pdf:

Growing Regions, Growing Europe: Fourth Report on economic and social cohesion

Wednesday, September 05, 2007

Financial Markets Applaud

O Montepio Geral tem desde Julho uma promoção bastante interessante para operações em várias bolsas ligadas ao Euronext. Esta promoção garante o não pagamento de comissões sobre os títulos de acções comprados no índice em promoção do respectivo mês, para os clientes do Montepio24. Depois do Bel-20 da Bélgica durante Julho, segue o AEX-25 da Euronext de Amesterdão, prolongando-se esta promoção desta forma por várias bolsas, até Março de 2008. Estão incluidos nesta promoção os títulos do Nasdaq e Dow Jones.

Esta é uma excelente oportunidade para pequenos investidores que queiram diversificar o seu portfolio de títulos, sem enfrentarem os custos das comissões nominais que são relevantes para pequenas operações financeiras. Além disso o Montepio Geral garante também um conjunto de condições extraordinárias para todos aqueles que desejem tornar-se clientes deste serviço e transferir as suas carteiras de títulos, numa medida claramente de cariz comercial. Para mais informações deixo aqui a noticia publicada no Diário Económico e a página do Montepio relativa a esta promoção.

Queria também referir que a imagem deste post é da autoria do Rodrigo de Matos, cartoonista que entrou recentemente em contacto com o Economia. Queria agradecer-lhe o comentário e deixar aqui a as ligações às páginas dele: Página pessoal e Blog.

Monday, September 03, 2007

Recrutamento Político e Instituições

Nos últimos anos os determinantes da infraestrutura social e o seu impacto ao nível institucional têm tido uma especial atenção das novas teorias do crescimento económico, como factores cruciais para o desenvolvimento de longo prazo.

Esta ideia surge da comparação do desempenho no longo prazo entre países com recursos e antecedentes culturais, sociais e económicos semelhantes que optaram por sistemas políticos diferentes. Os exemplos mais consistentes desta abordagem são a Alemanha Federal e Democrática e a Coreia do Norte e do Sul. Em contextos semelhantes o desempenho destas economias em cerca de 40 anos foi substancialmente diferente, o que sugere que existem importantes factores institucionais que são determinantes no crescimento.

Algumas das hipóteses apresentadas como consequência de deficientes enquadramentos institucionais são por exemplo a existência de burocracias que procuram rendas, o crime organizado, a corrupção estatal, lobying por vantagens legais, oligarquias e ditaduras que geram cleptocracias e anarquia, entre outras. Estas ideias podem ser resumidas como resultado de infraestruturas sociais que promovem a existência de indivíduos e organizações que podem optar entre serem produtores ou predadores. Como é óbvio a existência de incentivos às actividades predatórias produz imobilismo e pior desempenho económico se as instituições forem capturadas pelos predadores em detrimento dos produtores.

A razão que me levou a escrever esta breve introdução acerca deste tema refere-se à sua aplicação à sociedade portuguesa. Umas das discussões mais relevantes durante os últimos anos de relativa estagnação económica refere-se ao mau enquadramento do sistema político e das instituições que detém o poder. Como vivemos em democracia e temos opção de escolha seria de considerar que os incentivos à produção e as oportunidades geradas seriam superiores aos incentivos ao imobilismo e actividades predatórias. Infelizmente existem alguns indicadores que nos levam a considerar que o contrário vai acontecendo por cá. Enumero alguns que julgo serem um reflexo do mau enquadramento institucional e social português: excessivo crescimento da despesa pública não produtiva ou promotora do crescimento, excesso de burocracia, diminuida concorrência em sectores cruciais para o desenvolvimento industrial e excessivas actividades de especulação nomeadamente imobiliárias.

Todas estes problemas e as consequências que são depois geradas podiam e deviam ser desenvolvidos num sistema democrático que promovesse boas condições para o crescimento económico. No entanto o que se observa é um imobilismo institucional onde a liderança política revela alguma incapacidade para promover as reformas necessárias à infraestrutura social existente. Num artigo de opinião publicado em Outubro de 2006 na revista dia D, inserida no jornal Público, Nuno Garoupa aborda esta questão fazendo uma interessante comparação entre o percurso dos lideres políticos portugueses e ingleses mais recentes. Ao contrário das opiniões generalizadas, Nuno Garoupa não encontra nenhum problema na liderança por parte dos chamados políticos profissionais e de carreira, mas refere que as grandes diferenças estão nos apoios que ambos têm e nas reais lideranças partidárias. Em Portugal os partidos são dominados pelos aparelhos, ao contrário de Inglaterra onde os partidos são liderados pelos grupos parlamentares. Além disso a mudança politica em Inglaterra baseia-se não só nesse suporte da liderança partidária mas pelo alinhamento com os chamados think tanks que são compostos por diversas elites e promovem programas de médio e longo prazo para a reforma das instituições e do seu funcionamento. As diferenças entre estes dois sistemas são claras: um politico no sistema inglês chega ao poder através do apoio dos representantes e das várias elites que de forma transparente transmitem as suas ideias e opiniões. Isso promove a ruptura quando esta é necessária e devolve em parte o poder aos eleitores. Em Portugal passa-se exactamente o contrário, pois os aparelhos partidários promovem o imobilismo num sistema que os beneficia e promovem o populismo ao retirarem o poder aos parlamentares. Os representantes tornam-se assim meros funcionários, que promovem não um debate sério, mas sim um discurso oco, com programas eleitorais medíocres, reflectindo assim os interesses dos burocratas partidários que não estão interessados em nenhum tipo de rupturas.

As versões online do artigo de Nuo Garoupa podem ser encontradas nos links em baixo:

O acaso não faz grandes lideres

O acaso não faz grandes lideres (versão pdf)